A produção de milho deste ano no Estado está sendo aguardada com grande expectativa, principalmente diante da perspectiva de elevação do preço da saca de 60 quilos. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, a possibilidade de aumento no preço do milho é atribuída à falta de estoque do produto.
Como Rondônia não possui uma estrutura de armazenamento condizente com a demanda produtiva, o milho colhido em meados do ano passado saiu direto para a exportação. Como consequência não houve como manter estoque do produto, mesmo com a safra recorde de milho.
Mesmo diante da expectativa para a primeira safra de milho de 2018, levando em conta que existe uma tendência do aumento do preço, Hélio Dias informou que a área plantada também deverá ser reduzida. “Como na safra de milho anterior o preço ficou abaixo da expectativa, a perspectiva de preço em alta deve agitar o mercado do agronegócio no Estado, tendo em vista o aumento e retomada dos confinamentos bovinos, o crescimento da avicultura no Estado e o fato de que o milho é componente forte do alimento utilizado na piscicultura”, mencionou o presidente da Faperon.
Hélio Dias acrescentou que a tendência de aumento do preço do milho no mercado interno existe, aliada à redução da área plantada, fato que reduzirá a produtividade e contribuirá para elevar os preços. Outro fator destacado por Dias é que o ciclo curto da safra de milho também é muito prejudicado pelas chuvas. Em 2017, a produção de milho safrinha bateu recorde com mais de 800 mil toneladas colhidas em Rondônia, com aumento de 62% em comparação com safra de 2016. A região do Cone Sul do Estado é destaque na produção. Vilhena é a maior produtora de milho do Estado, seguido de Corumbiara e Cerejeiras.
(Fonte: Diário da Amazônia)
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