Um cadeirante está entre os apenados torturados no presídio Milton Soares de Carvalho (470) em Porto Velho. A informação foi divulgada pela Polícia Civil durante o balanço da Operação Flagelo, deflagrada nesta segunda-feira (3) para combater uma suposta tortura praticada por agentes penitenciários na unidade prisional. Três servidores foram presos e um quarto segue foragido.
O cadeirante torturado, segundo a polícia, está preso por responder judicialmente a diversos crimes contra o patrimônio e até homicídio.
Conforme o delegado responsável pelas investigações, Daniel Braga, as agressões contra o detento aconteciam porque os agentes se incomodavam em atender as necessidades especiais do preso. “O motivo é devido ao tratamento de saúde desse apenado. Os agentes estariam insatisfeitos com a necessidade de estar conduzindo o cadeirante”, revela.
A operação, realizada pela Delegacia Especializada em delitos cometidos no Sistema Penitenciário, teve objetivo de combater a prática de tortura na unidade. As investigações continuam em sigilo para apurar mais casos de agressões no Presídio 470 e também em outras unidades do estado.
Operação Flagelo
Segundo a Polícia Civil, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva e mais quatro de busca e apreensão. Destes, apenas um de prisão não foi cumprido e um agente penitenciário é considerado foragido.
As investigações, segundo o delegado Daniel Braga, começaram há alguns meses quando a própria direção da unidade denunciou a prática criminosa dos quatro agentes.
“No mês de abril foram flagrados alguns agentes penitenciários torturando um apenado cadeirante dentro daquela unidade prisional, vindo a lesioná-lo fisicamente. Em decorrência disso, foi representado pela prisão preventiva de quatro agentes e decretada pela justiça criminal aqui da capital”, afirma.
Daniel conta que as agressões físicas e psicológicas foram confirmadas por imagens de câmeras de segurança do presídio.
Durante as buscas nessa manhã, foram apreendidos aparelhos eletrônicos dos agentes. Os objetos serão periciados para verificar a ligação entre eles na prática da tortura.
FONTE -G1/RO.
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