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Professor larga magistério para ser agente de proteção à natureza em RO


As tartarugas utilizam as praias para desovar (Foto: José Soares Neto / Divulgação)
Motivado pela preocupação da mãe com a natureza, José Soares Neto, de 53 anos, largou o magistério em 2003 para atuar como agente de proteção ambiental. Longe da sala de aula, o ex-professor dedica o seu tempo a cuidar de animais que estão, ou não, ameaçados de extinção no Vale do Guaporé, na região do município de Costa Marques, a 760 quilômetros de Porto Velho. A atuação de José acontece com mais oito pessoas na ONG Ecovale.
São em cerca de 130 quilômetros de praia que 'Zeca Lula', como é conhecido, atua. "Nós temos tartarugas, tracajás, jacarés, antas, gaivotas e vários outros animais. Não sabemos dizer quantos são", frisa.
As ações do projeto, idealizado pelo professor, começaram em 1999, quando ainda lecionava. Até 2003, o tempo era dividido entre as aulas em Costa Marques e o trabalho voluntário da reserva natural.
Rica em peixes, a região do Vale do Guaporé é também agraciada com praias que aparecem a partir do final de maio até o início de janeiro. De acordo com Zeca, a praia é o principal local onde as tartarugas desovam. Neste período, a vigilância é intensificada.

Segundo Zeca, um dos inimigos da natureza é o progresso. “O progresso é necessário, pois melhora a qualidade de vida das pessoas. A chegada do asfalto melhora o acesso, mas esse mesmo asfalto traz pessoas que procuram destruir a natureza. São grupos de pessoas que não sabem viver sem ver um monte de peixes em seu barco”, desabafa.
No período noturno, a vigilância é redobrada, conta Zeca. "Temos um grupo de oito pessoas que mora na reserva e cuida dos animais. A noite muitos saem para comer e encontram os predaores humanos", afirma. Cangapara, uma espécie de jabuti, é considerada pelo ex-professor com uma das espécies mais ameaçadas de extinção
Fonte-G1-RO

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