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Mais de 100 sítios arqueológicos são encontrados em Porto Velho

Pesquisadores encontraram mais de 100 sítios arqueológicos em Porto Velho. 

A descoberta foi possível com a construção das duas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia. Mais de 50 mil fragmentos de objetos como garrafas, vasos e moedas da época do Império, há mais de 100 anos, foram encontrados próximos à Capela de Santo Antônio, na capital. De acordo com o historiador Ronne Chaves Alves, trata-se de bens que estrangeiros trouxeram para a região para uso próprio ou para distribuição.

Tudo começou com a chegada da equipe de arqueologia da Santo Antônio Energia, antes mesmo de as construções da usina serem iniciadas. De acordo com o coordenador de Arqueologia e Paleontologia da Santo Antônio Energia, Ricardo Pereira, primeiramente a equipe realiza um estudo da área para analisar o impacto do empreendimento no local.

Arqueólogos afirmam que a área habitada de Santo Antônio foi frequentada por cerca de 52 povos de diversas nacionalidades. Na área ao redor da capela onde foram encontrados os fragmentos históricos não foram feitas demarcações. Tudo ficou gravado por coordenadas geográficas para evitar que pessoas tentem escavar o local.

Outra descoberta que chama a atenção são as rochas, algumas amostras foram enviadas ao Setor de Arqueologia da Universidade Federal de Rondônia (Unir) para estudo. A partir da análise do material, a estudante de arqueologia Cleiciane Noleto fez uma descoberta. "Foi possível perceber que nas áreas mais altas os povos tinham atividades diferentes das áreas mais baixas, que inclusive, não eram ocupadas o tempo inteiro. Isso acontecia porque as áreas baixas alagavam muito", conta.

As peças encontradas - mais de 700 mil fragmentos coletados em todo o período de pesquisas, desde 2008, em todos os sítios arqueológicos - devem ser entregues à Unir. Será feita também a construção de uma reserva técnica, que vai retomar a pesquisa no estado depois de 30 anos.

De acordo com o chefe do departamento de Arqueologia da Unir, Carlos Zinpel, a reserva técnica será um local que a universidade vai abrigar, conservar e pesquisar material arqueológico. "Depois de 30 anos praticamente, vamos retomar um trabalho que sabemos do potencial, que é gigantesco", finaliza.