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ABORDAGEM: Tão surpreendente quanto a fuga foi a volta de Valter Araújo



Tão surpreendente quanto foi sua fuga, foi a apresentação de Valter Araújo na quinta, à Justiça rondoniense. Foragido desde o final de 2011, Valter retorna para a prisão, que, num primeiro momento, seria cumprida no Presídio Federal de Porto Velho. É mais um capítulo na história deste político que teve em suas mãos a possibilidade não só de chegar onde chegou (deputado estadual mais votado da história de Rondônia, eleito e reeleito presidente da Assembleia Legislativa), como seria nome certo para concorrer ao governo do Estado, em 2014, com grandes chances. 


O que aconteceu com Valter? Talvez os mais próximos, que o conhecem intimamente, tenham as respostas para esta complexa pergunta. A verdade é que, no poder, ele se transformou. Deixou a humildade de candidato, quando percorreu todo o Estado vendendo a imagem de um político bem intencionado, cheio de novas ideias; homem ligado à Igreja, que vivia falando em Deus, para se tornar um político distante dos seus antigos parceiros, irascível, liderando - segundo a polícia e a Justiça - um grupo que atacou com violência os cofres públicos.

No dia em que foi eleito deputado mais votado desde que começaram as eleições diretas em Rondônia, Valter deu uma entrevista antológica à Rádio Parecis FM. Falou com emoção, com segurança, anunciou que valorizaria seu mandato, mandou um recado cheio de gratidão aos milhares de eleitores. Pouco depois, como se fosse outra pessoa, o poder tomou conta dos seus atos. Assumiu a Presidência da Assembleia, numa disputa cheia de suspeitas e conseguiu reeleger-se, também numa manobra legal mas, no mínimo, amoral. Até que explodiu a Operação Termópilas e ele foi preso. Foi um meteoro que passou e se foi, na política rondoniense, tão rápido quanto surgiu. Uma pena...